domingo, 30 de março de 2008

POLÍTICA

Fica decretado que o homem
não precisará nunca mais
duvidar do homem.
Que o homem confiará no homem
como a palmeira confia no vento,
como o vento confia no ar,
como o ar confia no campo azul do céu.

Parágrafo único: O homem, confiará no homem
como um menino confia em outro menino.

Artigo IV de Os Estatutos do Homem (Ato Institucional Permanente)
Thiago de Mello.



A vida política de um país, deve ser acompanhada por todos seus cidadãos, para que se saiba o que os políticos estão fazendo e decidindo em nome do povo, visto que fomos nos que os colocamos lá. Nem sempre podemos nos fazer presentes as seções plenárias restando-nos somente a possibilidade de acompanha-las através da mídia.
No entanto, pelo que se tem visto, muitas vezes fica difícil se ter paciência para assistir e acompanhar as seções, pela falta de ética, bom senso e até falta de respeito para com os assuntos em pauta e principalmente falta de respeito para com o povo.
As atitudes de alguns parlamentares são vergonhosas, escondidos atrás da capa protetora que o cargo lhes proporciona falam e agem com total falta de respeito e ética, aja visto o que se tem visto e ouvido nas reuniões das CPIs, CMPIs etc. São parlamentares levando pizzas, sorvetes, tapiocas e muitas outras coisas, as quais só servem para desmoralizar o que deveria ter o mais alto cunho de seriedade.
Outro fato deplorável são os chingamentos comuns em quase todas as seções, são palavras muitas vezes de baixo calão mas que são ditas com todo um ritual, o que acredito dá a estes parlamentares todo o direito de usa-las sem se importar com quem além deles as estará ouvindo.
Chega a ser hilariante, levando-se em conta, como disse acima, a maneira como estas palavras são ditas, pois seguem a risca a utilização dos Pronomes de Tratamento, o que nos parece, dá a eles a autorização para fazerem uso do mais chulo vocabulário. Vejamos algumas pérolas:

Vossa Excelência é um ladrão.
Vossa Excelência é um canalha.
Vossa Excelência etc, etc,
O Digníssimo deputado, senador, é um bandido.
O Digníssimo é isso é aquilo Etc. Etc. Etc.

Ou seja se usar o pronome corretamente PODE, sem o pronome NÃO PODE. E nos pobre mortais somos obrigado a aturar todo este disparate, toda esta falta de dignidade destes, alguns parlamentares, pois obviamente não podemos generalizar, agora uma coisa é certa NOS SOMOS OS ÚNICOS CULPADOS, pois nos os colocamos lá.
O maior erro que vejo nisto é que no Brasil, política está sendo encarada por alguns como profissão visto que alguns permanecem a vida toda em cargos eletivos tornando-os muitas vezes até vitalícios pois querem passar à todas as suas gerações. Cargo político NÃO DEVERIA DURAR MAIS QUE DOIS MANDATOS, mas quem vai mudar o que temos hoje se são eles quem fazem as leis? Impera o dito:
“SE A FARINHA E POUCA, MEU PIRÂO PRIMEIRO”

quarta-feira, 26 de março de 2008

AMAZONAS

Fica decretado que agora vale a verdade.
agora vale a vida,
e de mãos dadas,
marcharemos todos pela vida verdadeira.
Artigo I de Os Estatutos do Homem (Ato Institucional Permanente)
Thiago de Mello

Como filho da terra, falar do Amazonas é antes de tudo um privilégio, no entanto levando em consideração sua dimensão o que se tem a falar não daria para mensurar, além do mais não sou um historiador mas apenas amo minha terra e tenho muito orgulho disto.
Muito se fala do Amazonas, vezes com conhecimento de causa, vezes sem nenhum conhecimento, vezes criticando, vezes defendendo e muitas vezes, perigosamente, com interesses escusos.
A bem pouco tempo, o tempo é algo de certa maneira difícil de mensurar o que anos para alguns pode ser UM longo período, cronologicamente pode não ser quase nada, tínhamos a capital, Manaus, como um porto de lenha. Era uma cidade praticamente esquecida e desconhecida pelo resto do pais.
Veio a Zona Franca, que de “zona” não tem nada e “franca” não é tão franca quanto parece, mas isto fica para falarmos em outra oportunidade.
Fomos descobertos, Manaus passou a ser uma cidade muito visitada, cresceu rápido, os incentivos oferecidos atraíram muitas empresas gerando o grande patrimônio do qual hoje muito nos orgulhamos que é o nosso Polo Industrial carinhosamente chamado de PIM.
Acordaram o gigante adormecido, o estado que antes era somente floresta, passou a chamar a atenção dos grandes centros por seu desenvolvimento, as metrópoles estão se sentindo ameaçadas pela cidade da selva, puro egoísmo pois o Brasil é um só e deve se desenvolver igualitariamente, como vemos em países ditos de primeiro mundo.
O preconceito é grande, ainda hoje temos patrícios que acham que em Manaus tem pessoas andando de tanga, que os deslocamentos são feitos em canoas ou em lombos de animais, isto não é piada. Para que se tenha uma idéia do preconceito que sofremos, quero contar um caso que presenciei: Numa viagem de Manaus para São Paulo, encontrei um grupo de pessoas que tinham vindo a Manaus não sei porque motivo, que faziam comentários grosseiros, primeiro reclamando da temperatura, desconheciam provavelmente o que é um clima tropical, depois comentários indelicados com relação a cidade a qual consideravam sub-desenvolvida por não, segundo eles nada para se ver, bem como com relação ao horário da cidade o qual chamavam de “horário FUNAI hora de índio” visto que estamos a uma hora a menos do horário da Capital Federal. Ouvi calado por um bom tempo todo aquele disparate até que o saco encheu, perguntei a eles porque vieram a Manaus se como diziam era tão ruim, esqueceram de verificar para onde estavam indo? Para não ofende-los chamei-os de desprovidos de inteligência, pois sabia que levariam um tempo para verificar que os estava chamando de burros, e fiz o seguinte comentário em tom de pergunta: Da sua cidade se olharmos para o sul, o que poderemos ver? Não tive resposta, da minha cidade, disse, se olharmos para o norte veremos grandes centros. Com relação ao horário FUNAI, é realmente muito engraçado pois é o mesmo horário de grandes cidades de países desenvolvidos, recomendo aos senhores verificarem o que aconteceu com suas aulas de geografia e lembrar que preconceito é muito feio.
Isto é um pouco do que ainda encontramos, o Amazonas ou melhor a Amazônia é uma terra cobiçada por muitos países, haja visto que o que temos ouvido de comentários de grandes autoridades mundiais com relação a internacionalização da Amazônia, quando chegam ao cúmulo de dizer que este patrimônio não deve ser nosso e sim do mundo. Brigar com estes indivíduos não seria problema, triste é o descaso interno.
“A AMAZÔNIA É DO BRASIL, É PATRIMÔNIO DOS BRASILEIROS”